Alguém me perguntou quantos anos tinha.
Após alguma reflexão e lembrando Galileu, respondi não saber, talvez poucos.
Li o espanto no rosto do meu interlocutor e esclareci:
Sim, os que terei serão os que me restam, sendo úteis se deles fizer bom uso e a soberana natureza o permitir.
Os outros já os perdi, são virtuais, mero registo de memória.