Sábado, 23 de Setembro de 2006
(4) FAZER AMOR

Vamos fazer amor...

Coisa vulgar de ouvir, no recato de qualquer conversa intima, no autocarro, em bares, cafés e discotecas ou na invasão sistemática com que o pequeno ecrã castiga a nossa casa.

E aprofundando a pesquisa, mesmo sem recurso ao filme porno, podemos citar algumas frases tais como:

Fiz amor

  • no chão da cozinha
  • na banheira
  • no tapete
  • em cima da mesa
  • com o gato a ver

Entre uma infinidade de outras, e até por vezes na cama.

A moral que tirei da história:

O amor fabrica-se, sendo apenas necessário alguma imaginação e a presença mínima de dois artífices quiçá bastando um se de génio se tratar.

Ora isto causa-me grande confusão.

Havia arrumado na minha gaveta dos conceitos, quase conclusivos, a aceitação de que o amor e o sexo pouco tem a ver um com outro E se, por casualidade, amarmos verdadeiramente alguém com quem temos sexo, isso terá de ressaltar da relação no período que decorra entre dois orgasmos não seguidos. E aqui lhes digo, se o resultado é positivo, então sim é a excepção em que o amor e sexo se aliam.

Não se faz amor, deixamos fluir o amor, somos dois em um.

Na verdade teremos de aceitar que o sexo é servidão imposta pela mãe natureza que astuciosamente criou esse impulso em todos os animais (com o estimulo do prazer) como garante da renovação. Maldosamente vamos dando a volta e usamos os contraceptivos. Como não queremos prescindir do prazer e simultaneamente evitar a vileza, mascaramos então o acto, praticando-o abusivamente, muitas vezes, em nome do amor.

Amor é outra coisa. O amor é dádiva. Nasce nos lagos profundos da nossa alma e curiosamente não se fabrica. Ou se tem, ou se é pobre!

Não quero confundir amor com sexo. Vou manter os meus conceitos até porque também amo algumas arvores e não me vejo a fornicar qualquer delas.

E que isto não seja preconceito !



publicado por preconceitos às 13:46
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12 comentários:
De solcar a 12 de Outubro de 2006 às 16:16
O termo é chato. SERVIDÃO é dependencia.
E parece não restar dúvida que sem o cumprimento dessa dependencia não podemos usufruir de que com toda a razão falas. Se tiras partido são momentos de felicidade que amealhas. É óptimo...
Que é isso de meio século,,, Eu já conto cinco séculos e vou caminhando...


De Di a 12 de Outubro de 2006 às 18:41
Ja vi meu querido Solcar que vamos ter que concordar em discordar.... voltando ao tema inicial, não me sinto dependente. É que eu....bem....eu faço amor por opção, quando val a pena......a abstinencia não é um problema, como seria se realmente fosse dependencia ....


De preconceitos a 13 de Outubro de 2006 às 12:22
Essa é outra habilidade da natureza.
Ela de facto é sábia.
Terás de pensar porque é que a abstinencia não é problema...



De Di a 13 de Outubro de 2006 às 15:39
Assim a priori...acho que não é problema porque são periodos em que não há outro ser que me desperte a vontade de direccionar o meu Amor por essa via.....O Amor esta la sim, mas para o expressar sexualmente é necessario ter por perto um outro ser do sexo oposto (o que não tem que forçosamente ser regra para todos, como os homosexuais ou bi) com quem me sinta em sintonia.....
É uma questão de selecção.....tal como não fornicamos com as árvores..... que amamos


De preconceitos a 16 de Outubro de 2006 às 16:01
Finalmente deste o acordo ao meu texto. Amor é um estado, sexo é outro; se cohabitam é o absoluto.


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