Vamos fazer amor...
Coisa vulgar de ouvir, no recato de qualquer conversa intima, no autocarro, em bares, cafés e discotecas ou na invasão sistemática com que o pequeno ecrã castiga a nossa casa.
E aprofundando a pesquisa, mesmo sem recurso ao filme porno, podemos citar algumas frases tais como:
Fiz amor
-
no chão da cozinha
-
na banheira
-
no tapete
-
em cima da mesa
-
com o gato a ver
Entre uma infinidade de outras, e até por vezes na cama.
A moral que tirei da história:
O amor fabrica-se, sendo apenas necessário alguma imaginação e a presença mínima de dois artífices quiçá bastando um se de génio se tratar.
Ora isto causa-me grande confusão.
Havia arrumado na minha gaveta dos conceitos, quase conclusivos, a aceitação de que o amor e o sexo pouco tem a ver um com outro E se, por casualidade, amarmos verdadeiramente alguém com quem temos sexo, isso terá de ressaltar da relação no período que decorra entre dois orgasmos não seguidos. E aqui lhes digo, se o resultado é positivo, então sim é a excepção em que o amor e sexo se aliam.
Não se faz amor, deixamos fluir o amor, somos dois em um.
Na verdade teremos de aceitar que o sexo é servidão imposta pela mãe natureza que astuciosamente criou esse impulso em todos os animais (com o estimulo do prazer) como garante da renovação. Maldosamente vamos dando a volta e usamos os contraceptivos. Como não queremos prescindir do prazer e simultaneamente evitar a vileza, mascaramos então o acto, praticando-o abusivamente, muitas vezes, em nome do amor.
Amor é outra coisa. O amor é dádiva. Nasce nos lagos profundos da nossa alma e curiosamente não se fabrica. Ou se tem, ou se é pobre!
Não quero confundir amor com sexo. Vou manter os meus conceitos até porque também amo algumas arvores e não me vejo a fornicar qualquer delas.
E que isto não seja preconceito !
De Di a 6 de Outubro de 2006 às 21:22
Não preciso tentar...é um prazer comer, é um prazer respirar (bem fundo), e embora seja necessario não sinto como servidão mas como natural....é parte de mim, e eu sou .... Vida.
Didi-Didi
Estamos a falar do mesmo.
Acredito sejas VIDA (pareces mesmo), creio nessa FELICIDADE e na maravilha do que nos rodeia.
Sei porém que para usufruir tenho de usar certas práticas que não passam de servidões, pese embora venham embrulhadas em papel de seda.
De Anónimo a 10 de Outubro de 2006 às 17:01
Pois, a ideia de servidão continua a não me "tocar". Sei que mesmo tendo eu ja atingido o meio século, continuo a sentir um certo apego pelos meus oculos cor de rosa....instrumento que já tento utilizar com alguma moderação e cautela mas que não dispenso ainda.
Sera essa a diferença ? Se é, nada feito! Eu sou muito, mesmo muito, agarrada á beleza que eles me permitem descortinar....
Como dizem na minha terra :" So sue me !"
De
solcar a 12 de Outubro de 2006 às 16:16
O termo é chato. SERVIDÃO é dependencia.
E parece não restar dúvida que sem o cumprimento dessa dependencia não podemos usufruir de que com toda a razão falas. Se tiras partido são momentos de felicidade que amealhas. É óptimo...
Que é isso de meio século,,, Eu já conto cinco séculos e vou caminhando...
De Di a 12 de Outubro de 2006 às 18:41
Ja vi meu querido Solcar que vamos ter que concordar em discordar.... voltando ao tema inicial, não me sinto dependente. É que eu....bem....eu faço amor por opção, quando val a pena......a abstinencia não é um problema, como seria se realmente fosse dependencia ....
Essa é outra habilidade da natureza.
Ela de facto é sábia.
Terás de pensar porque é que a abstinencia não é problema...
De Di a 13 de Outubro de 2006 às 15:39
Assim a priori...acho que não é problema porque são periodos em que não há outro ser que me desperte a vontade de direccionar o meu Amor por essa via.....O Amor esta la sim, mas para o expressar sexualmente é necessario ter por perto um outro ser do sexo oposto (o que não tem que forçosamente ser regra para todos, como os homosexuais ou bi) com quem me sinta em sintonia.....
É uma questão de selecção.....tal como não fornicamos com as árvores..... que amamos
Finalmente deste o acordo ao meu texto. Amor é um estado, sexo é outro; se cohabitam é o absoluto.
Comentar post